sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Odontologia Especial

Achei esse vídeo no YouTube e precisava compartilhar com vocês:

E você ??? Ainda duvida ser possível ??? 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

YES ... WE CAN !!!

 Dr. Diego Peres Magalhães 
Olá!

Venho aqui tentar regar um pouco essa semente que nosso amigo Fabrício está tentando plantar. Será que “adotar” uma criança especial e atendê-la em nosso consultório é realmente possível? Essa é a pergunta que a maioria de vocês deve estar fazendo. SIM, É POSSÍVEL!

Antes de tudo quero por alguns dados para vocês se situarem da realidade em que vivemos e insistimos em não enxergar. Segundo a Organização Mundial de Saúde, em torno de 10% da população mundial é considerada ESPECIAL, sendo 50% destes indivíduos com deficiências mentais. Essas condições mentais podem ser divididas em leves, moderadas e profundas. Os pacientes portadores de distúrbios mentais leves são a grande maioria (cerca de 85%), sendo estes PERFEITAMENTE condicionáveis de se atender em ambiente ambulatorial, vulgo nosso consultório.

Então, visto que quase a totalidade dos pacientes com distúrbios mentais podem ser atendidos ambulatorialmente, por que estes têm tanta dificuldade de acesso a esses serviços? A resposta que mais costumo ouvir é que nós, CDs, não temos preparo suficiente para realizar o atendimento, principalmente pela lacuna existente nas grades curriculares dos cursos de graduação [o que não deixa de ser uma verdade].

Entretanto, o que mais precisamos para realizar esse tipo de atendimento chama-se ESTABELECIMENTO DE VÍNCULO. Isso mesmo! Vínculo entre você CD, a criança especial e, principalmente, dos cuidadores. E isso não ocorre em uma só consulta. Esse é o maior erro dos colegas que tentam atender uma criança especial. Provavelmente durante uma primeira consulta, você não conseguirá realizar quase NADA durante o atendimento (embora seja importante fazer algo, nem mesmo que seja uma escovação supervisionada). Esse vínculo virá após várias consultas. A criança se acostumará com o ambiente, com os barulhos (que não são poucos!), e principalmente com VOCÊ (o tão famoso condicionamento). Os cuidadores perceberão a importância disso tudo e entrarão no jogo, te ajudando ao máximo possível na realização dos procedimentos e, principalmente, em casa ao realizar o cuidado diário da boca do nosso coleguinha especial.

Claro que o atendimento a crianças especiais não se resume a isso. Mas fazer isso já é mais do que meio caminho andado para o sucesso! Então, o que custa você ser um pAPAE Noel? Vamos ajudar a regar essa semente!

Abraços! 

Diego Peres Magalhães

Mestre em Clínica Odontológica/Estomatologia pela Universidade Federal do Ceará(UFC)
Especialista em Odontologia para pacientes portadores de necessidades especiais - ABO/CE
Especialista em Endodontia - UFC

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

pAPAE noel dentista

Ou vi certa vez que um homem para se sentir realizado na vida precisava fazer 3 coisas: ter um filho, ler um livro e plantar uma árvore. Como eu já tenho 2 filhas e li alguns livros nessa minha vida torta, só me falta plantar a árvore.

Pra ser sincero, não sei se vou conseguir completar a tarefa. Só que acabo de lançar uma semente e dependo que ela encontre solo fértil para poder vingar. E o solo, meus amigos, é cada um de vocês. O projeto pAPAE noel dentista é apenas um grão de areia, que quem sabe um dia, com a ajuda de todos, poderemos transformar num castelo.

Mas deixe-me explicar o que tenho em mente. Na verdade, sozinho aqui com meus devaneios imaginei cada um de nós, acolhendo uma criança especial carente na APAE da sua cidade, e proporcionando a ela além de saúde e bem estar, um pouco de carinho e de dignidade. O que nos custa tão pouco pode ser muito útil para muitas delas. Os projetos da Turma do Bem e da Operação Sorriso estão aí para provar que é possível quando unimos nossas forças.

Como vocês podem perceber, é tudo muito amador. Eu não planejo isso há mais que 3 dias. Sei que corro o risco, pelo amadorismo e pelo adiantado da hora de não conseguir adesões, mas é que eu precisava tentar. Algo me dizia que eu precisava fazer isso. E estou aqui, humildemente pedindo a vocês que abracem essa causa. Criei um blog onde espero receber candidatos a pAPAE noel, e através dele tentarei orientar os interessados em como proceder.

Sei que não é simples e também sei que nem todas as crianças especiais são tratáveis em consultório. Mas o fato é que outras tantas são. E a única coisa que peço é que vocês é que vocês se dispam de qualquer tipo de preconceito e as ajudem. Pelo menos tentem. Tomem isso como um ato de boa ação e tenham certeza que a recompensa virá, mais cedo ou mais tarde, pois acredito piamente que a gente é, o que de bom a gente faz.

Finalizando, quero esclarecer algumas coisas que possam ter ficado confusas. Primeiro gostaria de falar que o projeto não ficará restrito ao Natal. Apesar do nome, em qualquer época do ano, o cirurgião-dentista que quiser adotar um sorriso especial pode nos procurar que tentaremos encurtar a distância entre ele e a APAE de seu município. Também preciso dizer que apesar do nome estar no masculino (pAPAE), isso só se deve à possibilidade de se incluir a sigla da Associação dos pais e Amigos do Excepcionais no nome do projeto, e todas as colegas estão convidadas e intimadas a abraçar essa causa.

Quero agradecer à minha esposa Dra. Sheila Mendes e às Doutoras Ana Paula Tokunaga e Paula Rollemberg pelo apoio que me deram para que hoje eu pudesse estar aqui lançando o projeto pAPAE noel dentista. Muito obrigado a todas pelo apoio. Um passo desse tamanho não seria dado se vocês não me dessem a força necessária para enxergar isso possível

E para finalizar deixo a célebre frase de Raul Seixas:

"Um sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, 
mas sonho que se sonha junto é realidade"

Por favor ... não me deixem sonhar sozinho ... 



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